A frase “acho que Deus quer que eu seja feliz” já foi usada por muitos para justificar sua imoralidade e suas apostasias. A lógica baseia-se numa definição egocêntrica da felicidade e da suposição que Deus quer esse tipo de felicidade para nós. Esta lógica ignora ou é cega a toda a infelicidade no seu caminho. O homem divorcia para ser feliz, mas deixa para trás uma família infeliz. A menina comete fornicação para ser feliz e aumenta sua infelicidade. Ela aborta para ser feliz e priva seu filho da vida, da liberdade e da felicidade. A mãe abandona sua fé para ser feliz. Tudo isso acontece porque as pessoas supõem que Deus quer que sejam felizes.
Você consegue imaginar?
Eva observa o potencial da fruta proibida em fazê-la feliz e raciocina: “Eu sei
o que Deus falou ‘não comerás’ mas acho que Deus quer que eu seja feliz”
(Gênesis 3:6). Nós devemos considerar que os limites de Deus são estabelecidos
para nossa felicidade.
Acabe não poderia ser feliz a não ser
que tivesse uma determinada vinha. “Eu sei que Deus disse ‘não matarás’ mas eu
acho que Deus quer que eu seja feliz.” Acabe e Jezabel levaram em consideração
a felicidade de Nabote (1 Reis 21:4-7)?
Demas pode ter
raciocinado: “Eu sei que devo permanecer e trabalhar com Paulo, mas eu acho que
Deus quer eu eu seja feliz” (2 Timóteo 4:10). O mesmo pensamento pode nos
afetar se nossa felicidade pessoal for determinada pelos acontecimentos e
circunstâncias neste mundo atual. Muitos raciocinam e desculpam-se do serviço
espiritual sacrificial porque, no fundo, acham que Deus quer que sejam felizes!
Na nossa fartura
tornamo-nos obcecados com a importância de ser feliz. Salomão fez isso tudo e
concluiu que é vaidade (Eclesiastes 2:1-11). George Bernard Shaw brincou: “O
segredo de ser miserável é ter o tempo livre para incomodar-se sobre a questão
de ser feliz ou não.” Certamente, para muitos a busca da “felicidade” só trouxe
uma miséria maior.
As pessoas estão
procurando a felicidade em todos os lugares errados. A maioria recorda a
conclusão de Salomão: “Teme a Deus e guarda os seus
mandamentos; porque isto é o dever de todo homem” (Eclesiastes 12:13), mas
não percebe que essa conclusão também é a chave a felicidade verdadeira e
duradoura. “Bem-aventurado
é o povo cujo Deus é o SENHOR!” (Salmo 144:15) e cuja esperança está
nele (Salmo 146:5). Temer o Senhor e andar nos seus caminhos traz a felicidade
a tudo, desde o alimento que você come à família com quem você compartilha o
mesmo (Salmo 128:1-4). A bênção vem àqueles que honram, obedecem e confiam no
Senhor Deus (Provérbios 16:20; 28:14; 29:18). Não é a busca à felicidade que
traz a felicidade mas a busca à vontade de Deus.
Os modelos exemplares da
fé não são encontrados buscando a felicidade. Que tipo do exemplo Jó seria se
tivesse simplesmente desistido da fé para ser mais feliz? É sua resistência com
a infelicidade extrema que o torna notável (Tiago 5:10-11). E se Maria tivesse
decidido que seria mais feliz se abortasse seu Filho? No fim, Maria encontrou
sua felicidade em poder servir à vontade de Deus (Lucas 1:38).
Se Jesus tivesse decidido
que seria mais feliz no céu nós estaríamos perdidos! Nós somos chamados para
imitarmos a atitude sem egoísmo de Jesus (Filipenses 2:5-8). Quando um homem
divorcia sua esposa para a felicidade pessoal, não está valorizando os outros
mais do que ele mesmo (versículo 3). Quando uma mulher aborta seu filho para
conseguir a felicidade, está cuidando dos seus próprios interesses e não dos
interesses de seu bebê (versículo 4). Essas atitudes não refletem a mente de
Cristo.
Deus não nos chamou à
felicidade como nós definimos a felicidade. Pelo contrário, nós fomos chamados
para sofrer, se for preciso, para a causa de Cristo (1 Pedro 2:19-21). É melhor
sofrer por fazer o bem do que por fazer o mal em um esforço mal orientado de
ser feliz (3:17). Não há nenhum valor em sofrer como um malfeitor, contudo se
algum sofrer como cristão não há vergonha nisso, mas é uma ocasião para
regozijar e ficar contente (4:12-16).
Deus quer que você seja
feliz? Com certeza! No entanto, as escrituras que te informam que Deus quer a
sua felicidade eterna também dizem que ele odeia o divórcio (Malaquias 2:16),
que nós devemos fugir da fornicação (1 Coríntios 6:18), que esse Deus odeia as
mãos que vertem o sangue inocente (Provérbios 6:17), que nós devemos ser fiéis
até a morte (Apocalipse 2:10).
Nenhuma parte da palavra de Deus pode
ser ignorada ou comprometida para garantir a felicidade que Deus oferece. Sim,
Deus quer que sejamos felizes, e é por isso que nós devemos odiar o que ele
odeia e amar o que ele ama. Jesus disse, “Se sabeis estas coisas,
bem-aventurados sois se as praticardes” (João 13:17). Se você não tiver a
felicidade que Deus oferece, então ou você não conhece as coisas de Deus ou não
está as praticando.
Texto de Andy Diestelkamp – site https://albabloechliger.wordpress.com
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